Na sequência do estudo do Episódio de Inês de Castro d´Os Lusíadas, os alunos do 9ºA procederam ao resumo do mesmo.
Resumo do Episódio de Inês de Castro
Este episódio mostra que o Amor é uma poderosa arma, mas que pode ser benigna ou maligna.
Foi ele, que com todo o seu impetuoso esplendor juntou D. Inês e D. Pedro, dois corações que não ficaram indiferentes. Uma história de Amor que abalou nações e os seus próprios corações. E este Amor, tão cheios de sonhos e promessas, tão promissor a conto de fadas, que se desfez, não totalmente, pois ninguém apaga uma chama que não se vê!
O Rei receoso e os súbditos determinados ao derrame de sangue frágil e inocente, prosseguiram com o seu irracional propósito: separar, para sempre, dois amantes inseparáveis. D. Inês, doce e bondosa, abriu o seu coração perante o Rei, mostrando que ela era isenta de culpa, pois ninguém travaria um amor com uma intensidade desmedida! O Rei abalado com estas palavras sentidas e cheias de razão, chega a balançar no fio da navalha com a sua decisão. Mas o mesmo não aconteceu com os portugueses! Estes irredutíveis na sua crença, já tinham traçado o sangrento destino de D. Inês.
Com o Amor, ela percebeu o quão sublime a felicidade pode ser, mas com ele caminhou lado a lado até à ponte entre a Vida e a Morte, não sendo impedida de a atravessar.
D. Pedro, a metade do coração partida, pois ele e sua Inês formavam um todo, cego pela vingança, infligiu uma morte atroz aos seus compatriotas inimigos. Ele que se viu dilacerado em vida, e que só encontrou Paz na morte!
“Poucas pessoas sabem, mas a palavra “amor” é derivada da palavra “morte”. Quando se diz a uma pessoa “eu amo-te”, é como se estivesse a dizer “eu daria a vida por ti”.
Rita Sofia Santos Silva, nº 20, 9ºA
Pedro e Inês
Em tempos idos, quando os reis tinham poder e sabedoria para governar, na terra da Lusitana gente, uma paixão arrebatadora conheceu o lugar perfeito para viver: os corações de Pedro e Inês. Um casal que viria a permanecer na história como o mais belo e trágico exemplo de amor que Portugal testemunhou. Um romance entre um príncipe herdeiro, do país que descobriria um novo mundo, e uma bela aia espanhola.
O Amor, esse sentimento que se apoderou dos jovens, inicialmente fazia a nobre donzela cantarolar e lembrar todos os dias o seu amado, com quem mantinha tão bela relação que até já havia dado “frutos”!
Mas, como o destino não permite que grandes amores durem muito, o lado mais obscuro e maléfico deste sentimento deu-se a conhecer e acabou por ditar o triste fado de Inês.
Nos belos campos do Mondego, com uma paisagem que de tão inspiradora cortava a respiração, estava a linda dama, entre flores e ervinhas, pensando no seu amado.
Durante aquela que iria ser a sua última caminhada naquele lugar paradisíaco, a amada do príncipe foi surpreendida pelos homens do rei. O velho pai queria vingar-se da mulher, que agora lhe pedia condescendência, por lhe ter roubado o filho.
Clemência! O seu maior desejo naquele momento. Pedia-a pelos filhos que ficariam órfãos de mãe.
O velho monarca não voltava atrás na sua decisão, apesar das palavras sentidas que a nobre dama lhe dirigia. Não mudaria de ideias, não podia! O povo português não o permitia! Marte simpatizava com os Lusitanos pela sua bravura e coragem singulares. Não mudariam de opinião e não deixariam que o monarca o fizesse!
Assim, o pedaço de paraíso onde a bela donzela vivera momentos felizes transformara-se subitamente no inferno onde Inês daria o seu último suspiro.
O seu amado logo que subiu ao trono tratou de vingar a sua morte. Os homicidas não tardaram a receber a sua sentença e Inês de Castro tornou-se rainha do povo que a queria morta!
Dizem que as ninfas do Mondego ainda choram o trágico desfecho. As suas Lágrimas dão nome ao pedaço de céu que por momentos se tornou inferno. As flores que lembram a todas as donzelas os seus amados, são regadas pela Fonte que homenageia todos quantos ali já suspiraram de Amores!
Ana Catarina Oliveira Magalhães, nº1, 9ºA
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