terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Auto da Barca do Inferno

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Uma página do meu diário imaginário

Se eu fosse... Um rapaz.



26 de outubro de 2011, quarta-feira.

Garu,
Não sabes o que aconteceu, a Sara olhou para mim da mesma maneira que eu olho para ela. A maneira que eu olho para ela? Tu já sabes, olho para ela de olhos apaixonados e cada vez tenho mais a certeza que gosto dela mesmo a sério.

Só tu sabes, ou melhor, eu acho e acredito que ela também saiba.

Já só penso nela, nos seus cabelos, na sua forma de ser e naquele sorriso estampado na cara.

Uma coisa que não sei é o que elas falam quando não estão com rapazes. Falam de raparigas? De moda? Da família OU ATÉ MESMO DE RAPAZES!? (Às vezes gostava mesmo de ser uma mosca!)

Um dia queria perceber as raparigas, mas de uma coisa eu sei (e bem!): a Sara é mesmo linda!

Hoje o Ricardo estava constantemente atrás dela, passou um dia horrível. E com esta chuva então... O que melhorou o meu dia foi o meu jogo de futebol. Sim, a Sara estava a assistir e eu marquei três golos (todos para ela, claro). Só que depois, há aquelas aulas de matemática que eu odeio profundamente.

Um dia vou conquistá-la, espero bem.

Afonso

Autora: Tatiana Pereira nº 24 7ºC

Uma Página do meu Diário Imaginário

Quarta-feira, 27 de Outubro de 2060


Londres,

Meu querido diário,



Há quanto tempo!

Lembras-te da última vez que te escrevi? Pois é, foi há 49 anos. Como o tempo passa! Mas, para ti não mudou nada, já que vives no tempo de todas as minhas memórias, pois confiei-tas. Bem, a verdade é que parece que estamos noutro mundo. Está tudo muito diferente de há 49 anos para cá. Para além disso, agora estou a viver em Londres, não é bem “agora”, porque estou cá a viver há 24 anos, ou seja, desde que tinha 25 anos. Conheci cá a minha mulher, a Carlota, e tivemos 3 filhos: o João Pedro, a Luna e o Miguel, do mais velho para o mais novo é claro. Já tenho um neto chamado Henrique do meu filho mais velho.

Já acabei os meus estudos há muito tempo e agora sou um cirurgião conceituado e muito famoso em todo o Mundo.

Agora, vou falar-te um pouco de como é o Mundo agora.

Lembras-te dos meios de transporte? Eram carros, motas, autocarros, táxis, bicicletas, trotinetas, patins e muito mais. Pois é, agora é bem mais divertido, os carros tem asas e jactos, os autocarros são tipo teleférico, é uma espécie de estrada aérea, não fazem poluição e não incomodam os condutores apressados e trabalhadores que estão no chão. As bicicletas e também as trotinetas têm, tal como os carros, asas e jactos, tudo devidamente organizado, com botões para desencadear cada acção.

A alimentação mudou muito. Antes comia-se carne, peixe, fruta, legumes, cereais, água, sumos e até fast-food. Agora o fast-food foi completamente banido passando a comer-se só comida saudável: vegetais, cereais, frutos, sementes, soja, tofu, seitan,… As pessoas agora são muito mais elegantes (não há gordos).

Como as pessoas são elegantes, agora usam-se fatos justos, aerodinâmicos e com muito estilo, para além de serem à temperatura do corpo, protegendo do frio e do calor, consoante a temperatura atmosférica, mantendo sempre a temperatura do corpo estável. No pulso existe uma pulseira electrónica com tampa de proteção. O sistema consiste em derivados botões com legenda informativa, os quais servem para accionar as asas que os fatos possuem, assim como hélices, tipo helicóptero e skates voadores, que saem das botas. O calçado em 2060 tem sistema luminoso e é muito aerodinâmico.

As casas já não são imóveis, pois têm um sistema de teletransporte (tal como os Humanos, graças aos nossos belos fatos), podendo movê-las para onde quisermos, visto que podemos mudar de emprego e de país muito rapidamente, podendo ir também à lua ou a qualquer outro planeta (da mesma forma que no meu tempo íamos ao vizinho do lado).

Actualmente as crianças já não vão à escola, pois têm aulas e livros virtuais e professores que falam com eles pela internet, como se fosse uma aula normal, pois interage-se da mesma forma que no meu tempo.

No meu tempo jogava-se futebol, basketbal, basebol, andebol, ténis, voleibol, badmington e muito mais. Hoje em dia já não se faz esse tipo de desporto; pois, vários médicos especialistas, chegaram à conclusão de que esse tipo de desporto não era saudável para o organismo, pois fazia com que houvesse várias lesões quer a nível respiratório, cardíaco ou a nível das articulações. Neste momento os desportos são mais calmos, não são tão agressivos: yoga, natação, ténis com bolas voadoras, shiatsu,…

Agora, nos nossos tempos livres, nós praticamos desporto (referido acima), os mais novos gostam mais de praticar skateskyboarding, que é um desporto muito radical, onde nos colocamos em cima de uma prancha (idêntica à do skate do meu tempo) que voa e não precisa de rodas. Alguns também praticam xadrez virtual, mas também lemos. A maior parte das pessoas lê livros virtuais, mas eu, e alguns outros coleccionadores de raridades, ainda lêmos livros com folhas a sério – foi dessa forma que eu sempre mais gostei, e acho que não devia ter mudado, porque faz mal aos mais novos tanta tecnologia – mas algumas pessoas até acham mais prático levar tablets do que o calhamaço do livro, para qualquer lugar que nos apeteça ir.

Agora vou recordar os meus bons velhos tempos lendo-te.

Escrevo-te em breve,


Beijinhos,

O teu querido Pedro



Autor: Pedro Miguel Santos Fidalgo Ferreira, Nº 18º, Ano/Turma: 7ºC

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Outono e São Martinho

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Aqui ficam cartas de algumas alunas do 8ºF acerca do tema.

Cláudia

Gabriela

Luiza

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Actividades de Língua Portuguesa do dia 17 de Junho 2011

No dia 17 de Junho 2011, pelas 10h00 realizaram-se no CR/BE algumas actividades de Língua Portuguesa que visaram promover o gosto pela expressão dramática e musical, a saber:
  • Personagens da literatura;
  • Peça de teatro Açúcar ou Veneno -  8ºF e 9ºB;
  • Comemoração do 10 de Junho - 8ºE.

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Amigo

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Amigo é…


estar presente nos momentos mais dificeis;

a nossa maior admiração;

o nosso maior orgulho;

aquele que está sempre do nosso lado;

aquele que está sempre disposto a ajudar-nos;

alguém que nos dá um ombro para chorar;

a pessoa que nos torna feliz;

um camarada sempre presente;

aquele que sabe guardar um segredo;

alguém em quem podemos confiar de verdade;

alguém simpático, afável;

uma pessoa presente nos bons e nos maus momentos;

um defensor, um protector…

poema colectivo do 8ºA

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Falar Verdade a Mentir

No último teste de avaliação do 8ºA foi lançado o seguinte desafio:

Na cena III, Duarte, ao conversar com o sogro, desenvolve um rol de mentiras. Substitua-as por outras, ao seu gosto. Para isso terá que criar uma nova cena, diferente daquela, em que apenas falam estas duas personagens.

Aqui fica uma cena muito bem conseguida, embora mais actual.


Na sala de estar…

Duarte – Sabe meu futuro sogro, numa das minhas viagens até África realizei um safari. Estava realmente muito calor!

Brás Ferreira – Não sabia que Duarte gostava de animais. Um dia parece que me disse que era alérgico ao seu pêlo. Estou errado?

Amália (aparte) – Já se vai meter noutra grande mentira!

Duarte – Deve ter percebido mal, senhor Brás Ferreira. Adoro animais! Sou um… verdadeiro homem da selva.

Brás Ferreira – Imagino! E gostou?

Duarte – Adorei! Era um fantástico jardim zoológico.

Brás Ferreira – Gostava de o ir visitar, pode-me dizer onde fica?

Duarte (atrapalhado) – Sim… na verdade não! É que… caí do jipe e bati com a cabeça numa enorme pedra e… perdi a memória. Foi realmente muito mau!

Brás Ferreira – Pois deve ter sido! Devia estar a usar o cinto de segurança. Mas com certeza que tem fotos. Podia-me deixar vê-las?

Duarte (ainda mais atrapalhado) – Deixaria sem o menor problema, mas pousei-as em cima da lareira e… a janela estava aberto, e assim elas voaram e foram cair no… fogo. Queimaram-se!

Brás Ferreira – Grande desgraça!

Joaquina (com um tabuleiro com chávenas de café) – Aqui estão as chávenas de café. Bebam que pode ficar frio!

Duarte (mudando de assunto) – Tem razão! Vou já beber o meu café.

Amália (mais calma) – Uff! Quase que eras apanhado Duarte!

Duarte – Calma! Está tudo sob controlo!

Brás Ferreira (esquecendo-se do assunto) – Joaquina, traz-me a minha chávena, por favor!

Joaquina – Com certeza!

Ana Beatriz Silva 8ºA nº1

quarta-feira, 23 de março de 2011

Inês de Castro

Na sequência do estudo do Episódio  de Inês de CastroOs Lusíadas, os alunos do 9ºA procederam ao resumo do mesmo.




Resumo do Episódio de Inês de Castro


     Este episódio mostra que o Amor é uma poderosa arma, mas que pode ser benigna ou maligna.

     Foi ele, que com todo o seu impetuoso esplendor juntou D. Inês e D. Pedro, dois corações que não ficaram indiferentes. Uma história de Amor que abalou nações e os seus próprios corações. E este Amor, tão cheios de sonhos e promessas, tão promissor a conto de fadas, que se desfez, não totalmente, pois ninguém apaga uma chama que não se vê!

     O Rei receoso e os súbditos determinados ao derrame de sangue frágil e inocente, prosseguiram com o seu irracional propósito: separar, para sempre, dois amantes inseparáveis. D. Inês, doce e bondosa, abriu o seu coração perante o Rei, mostrando que ela era isenta de culpa, pois ninguém travaria um amor com uma intensidade desmedida! O Rei abalado com estas palavras sentidas e cheias de razão, chega a balançar no fio da navalha com a sua decisão. Mas o mesmo não aconteceu com os portugueses! Estes irredutíveis na sua crença, já tinham traçado o sangrento destino de D. Inês.

     Com o Amor, ela percebeu o quão sublime a felicidade pode ser, mas com ele caminhou lado a lado até à ponte entre a Vida e a Morte, não sendo impedida de a atravessar.

     D. Pedro, a metade do coração partida, pois ele e sua Inês formavam um todo, cego pela vingança, infligiu uma morte atroz aos seus compatriotas inimigos. Ele que se viu dilacerado em vida, e que só encontrou Paz na morte!

     “Poucas pessoas sabem, mas a palavra “amor” é derivada da palavra “morte”. Quando se diz a uma pessoa “eu amo-te”, é como se estivesse a dizer “eu daria a vida por ti”.

Rita Sofia Santos Silva, nº 20, 9ºA

 


Pedro e Inês


     Em tempos idos, quando os reis tinham poder e sabedoria para governar, na terra da Lusitana gente, uma paixão arrebatadora conheceu o lugar perfeito para viver: os corações de Pedro e Inês. Um casal que viria a permanecer na história como o mais belo e trágico exemplo de amor que Portugal testemunhou. Um romance entre um príncipe herdeiro, do país que descobriria um novo mundo, e uma bela aia espanhola.

     O Amor, esse sentimento que se apoderou dos jovens, inicialmente fazia a nobre donzela cantarolar e lembrar todos os dias o seu amado, com quem mantinha tão bela relação que até já havia dado “frutos”!

     Mas, como o destino não permite que grandes amores durem muito, o lado mais obscuro e maléfico deste sentimento deu-se a conhecer e acabou por ditar o triste fado de Inês.

     Nos belos campos do Mondego, com uma paisagem que de tão inspiradora cortava a respiração, estava a linda dama, entre flores e ervinhas, pensando no seu amado.

     Durante aquela que iria ser a sua última caminhada naquele lugar paradisíaco, a amada do príncipe foi surpreendida pelos homens do rei. O velho pai queria vingar-se da mulher, que agora lhe pedia condescendência, por lhe ter roubado o filho.

     Clemência! O seu maior desejo naquele momento. Pedia-a pelos filhos que ficariam órfãos de mãe.

     O velho monarca não voltava atrás na sua decisão, apesar das palavras sentidas que a nobre dama lhe dirigia. Não mudaria de ideias, não podia! O povo português não o permitia! Marte simpatizava com os Lusitanos pela sua bravura e coragem singulares. Não mudariam de opinião e não deixariam que o monarca o fizesse!

     Assim, o pedaço de paraíso onde a bela donzela vivera momentos felizes transformara-se subitamente no inferno onde Inês daria o seu último suspiro.

     O seu amado logo que subiu ao trono tratou de vingar a sua morte. Os homicidas não tardaram a receber a sua sentença e Inês de Castro tornou-se rainha do povo que a queria morta!

     Dizem que as ninfas do Mondego ainda choram o trágico desfecho. As suas Lágrimas dão nome ao pedaço de céu que por momentos se tornou inferno. As flores que lembram a todas as donzelas os seus amados, são regadas pela Fonte que homenageia todos quantos ali já suspiraram de Amores!

Ana Catarina Oliveira Magalhães, nº1, 9ºA

segunda-feira, 21 de março de 2011

A Nossa Grande Casa (um poema sobre a Terra)



Vivemos todos aqui.
Pessoas, formigas, elefantes, árvores,
Lagartos, líquenes, tartarugas, abelhas.
Todos partilhamos a mesma grande casa.
Partilhamos a água.
Salpicamos, chapinhamos e nadamos na água.
E todos bebemos água.
Baleias, golfinhos, manatins,
Pinguins, palmeiras, tu e eu.
Todos partilhamos a água na Terra,
A nossa grande casa azul.

A chuva desliza pelo meu nariz
E escorre pelos dedos do meu pé.
A chuva limpa o mundo todo.
Rega florestas de árvores gigantes
Desperta a vida em sementes minúsculas.
Traz água fresca a ti e a mim.
Todos partilhamos a chuva na Terra,
A nossa casa verde a crescer.

À volta do mundo
O sol a todos aquece.
Girassóis, andorinhas, macieiras,
Raposas, fetos, tu e eu.
Aquece dedos e pés,
Aquece raízes e folhas.
Todos partilhamos o sol na Terra,
A nossa casa grande e quentinha.

Há monturo por todo o lado,
Na Terra, no nosso solo.
Solo onde as sementes aguardam
E as árvores nascem,
Onde as minhocas vivem e os coelhos escavam.
A Terra contém a vida
E o monturo que piso com prazer.
Todos partilhamos o solo na Terra,
A nossa grande casa viva.

E há ar por todo o lado,
Bem longe e bem perto.
Todos respiramos o ar da Terra.
Não é bom respirar?
Pessoas, lagartos, joaninhas,
Carvalhos, ervilhas, ervas daninhas.
Todos partilhamos o ar na Terra,
A nossa grande casa arejada.

O vento sibila e volteia,
Varre e rodopia.
Remexe a erva e abana as árvores.
Transporta chuva, espalha sementes.
Traz ar fresco e revolve cabelos de crianças.
Por todo o mundo.
O vento a todos toca na Terra,
A nossa grande casa rodopiante.

O céu é uma imagem nossa que muda lá em cima.
Gosto do céu. E tu?
Grandes extensões de azul,
Pinceladas de nuvens,
Borrões selvagens ao entardecer.
Onde quer que estejamos
Olhamos e vemos
Céu, céu, céu.
Aqui na Terra, a nossa grande casa
Debaixo do céu.
À noite, quando as estrelas brilham,
Na escuridão funda e profunda,
É o tempo de cair no sono,
Dos animais vaguearem
E das flores nocturnas desabrocharem.
Todos temos um tempo de escuridão
Aqui na Terra, a nossa casa
Debaixo do grande manto da noite.


E a nossa lua viaja pelo céu
Cor de pérola cremosa
Uma vela branca fininha.
Lua cheia, lua nova,
Dão corpo à nossa noite.
Todos partilhamos a lua
Aqui, ali, por todo o lado na Terra,
A nossa grande casa luminosa.

Quando me estico ou danço,
Salto ou rio,
Pulo no ar ou na relva me estendo,
Sinto-me vivo.
Todos sentimos a vida.
Árvores, rãs, abelhas, relva,
Aranhas, serpentes, minhocas, morcegos.
Todos partilhamos a vida na Terra,
A nossa casa grande e vivificante.

Partilhamos o ar, a água, o solo e céu,
O sol, a chuva e a vida.
E todos partilhamos o mesmo lar, aqui na Terra,
A nossa preciosa morada.

Linda Glaser; Elisa Kleven
Our Big Home – An Earth Poem
Minneapolis, Millbrook Press, 2000
(Tradução e adaptação)