segunda-feira, 21 de maio de 2012

A Primavera na nossa escola

 A Primavera na nossa escola, pelos alunos com Necessidades Educatias Especiais que frequentam o Clube de Informática. São uns verdadeiros artistas, as fotos estão excelentes!

sábado, 12 de maio de 2012

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Homenagem a Adriano Correia de Oliveira

      
       Em Abril, a turma do 8ºF participou na  homenagem a Adriano Correia de Oliveira,com declamação de poemas, no Auditório dos Plebeus Avintenses.

sexta-feira, 23 de março de 2012

A Canção do C

A carteira, a caderneta, a caneta


o canivete, a caixa e a cola

estavam todos na escola

Objetos inanimados e monótonos

Cantaram a canção do C.



No jardim, estava ainda o canteiro,

Um casaco e umas calças de jardineiro.

Todos perguntavam o porquê do seu nome.



E chegou um candeeiro

Iluminado pela razão

Senhor da sua letra

Cantava o porquê dos nomes.

Cantava o porquê da vida.



Cláudia Pinho

8ºF

sábado, 10 de março de 2012

Uma heroína na turma

Aproximava-se o final do ano letivo e a turma do 7.ºE reuniu-se na escola para discutir o que podiam fazer para terminar o ano em beleza. Havia muitos alunos na turma interessados pela natureza e, principalmente, por animais. Uma vez que viviam e estudavam perto de dois locais (que já tinham visitado muitas vezes) repletos de animais e de atividades ligadas ao meio ambiente – o Parque Biológico de Avintes e a Quinta de Santo Inácio – pretendiam agora visitar algo maior e com mais variedade.

Reunidos no campo de jogos, começaram a debater ideias sobre o local a visitar…

– Devíamos ir a um sítio fora daqui… – começou o Tiago Dias.

– Boa! – exclamou a Bárbara.

– Que tal o Oceanário de Lisboa? – propôs a Ana Rita. – É fora daqui e tem animais fantásticos.

Os outros pareceram animados com a ideia, sobretudo pelo facto de ser em Lisboa. O Daniel disse:

– Um passeio à capital não é má ideia...

– Hum… Mas assim só iriamos ver animais aquáticos. – comentou a Marta, sempre sensata.

– Já sei! – gritou a Marisa – Vamos ao Jardim Zoológico!

– ÓTIMA IDEIA! – concordaram todos.

Falaram com a diretora de turma e começaram a organizar a viagem. A diretora de turma solicitou a cooperação da professora de língua portuguesa e, em duas semanas, tudo estava preparado para a grande aventura.

Pouco tempo depois, num bonito dia de sol, partiram bem cedinho rumo à capital. A viagem correu bem e todos estavam ansiosos por chegar.

Por volta das dez da manhã, já se encontravam à porta do Zoo e o entusiasmo era imenso. Depois da confusão da entrada, já mais calmos, iniciaram a sua visita. Deliciaram-se com os animais e os seus habitats e o tempo passava agradavelmente.

Quando estavam a almoçar, num local muito bonito cheio de sombra e com uma bela vista para um lago, notaram a ausência do Ricardo Marques. A Daniela foi a primeira a reparar…

 – Olhem lá… – começou ela – Onde diabo é que se enfiou o Ricardo?...

De imediato todos se aperceberam do mesmo e foram avisar as professoras que se encontravam a almoçar numa esplanada próxima. O Ricardo já tinha desaparecido há algum tempo, mas todos pensavam que ele tinha ido à casa de banho. De repente, ouviram gritos vindos do lago que ali havia.

– POR MIL CARAMELOS! ALGUÉM ME TIRA DAQUI?

Aproximaram-se e viram estupefactos que o Ricardo tinha caído à água. Então, a Márcia não pensou duas vezes e atirou-se para ajudar o seu colega. As professoras estavam furiosas, mas já não podiam fazer nada.

Em poucos segundos, os dois estavam fora da água.

– Grande Márcia! – elogiou o Tiago Oliveira. (Sempre tinha tido uma grande admiração pela pequena Márcia…)

Depois do sucedido, as professoras decidiram que era tempo de regressar a casa. Mas como? Os dois jovens estavam completamente encharcados! Decidiram então passar por um centro comercial, que havia ali perto, para comprar algumas peças de roupa.

 – Ainda bem que ainda está tudo em saldo! – gracejou o Rui Pinto, sempre espirituoso.

Passada uma semana, a Direção da escola decidiu atribuir um prémio à Márcia pela sua coragem.

– Temos uma heroína na nossa turma. – afirmou a Viviana. – Bem diz a minha avó: “ A mulher quer-se pequenina como a sardinha!”


"Uma narrativa imaginada"

 (texto coletivo da autoria da turma do 7.ºE, no âmbito de uma oficina de escrita sobre o Texto Narrativo realizada na disciplina de LP)

Lagoa Perfeita

No meio da Lagoa Perfeita, havia uma pequena ilha com grandes e aromáticas palmeiras, de cerca de três metros de altura, cercada por uma fina, lisa e suave areia esbranquiçada. Dentro de água, havia uma forma perfeita de viver, os peixes saltavam e nadavam de um lado para o outro, em conjunto. No fundo da lagoa, havia imensas algas de diferentes cores: verdes, castanhas e avermelhadas. Na margem, os jacarés descansavam, as árvores sussurravam, os pássaros faziam um som tilintante mas suave e havia um sossego enorme pois, nas águas azuladas da lagoa, não existia confusão nem barulho, durante o sono da vida naquela Lagoa Perfeita.

Texto da autoria de: Fábio Pereira, nº8, 7ºA

Língua Portuguesa

Escola Básica Adriano Correia de Oliveira

Ano letivo 2011/2012

Uma aula muito lenta

Num certo dia de escola, aprendi um jogo novo e estava ansiosa pelo recreio para o experimentar. Havia um relógio, mesmo atrás de mim que, para o final da aula, eu não deixava de olhar para ele, de minuto para minuto.

Para mim, um minuto parecia horas e a aula nunca mais acabava!

Olhei de novo e, desta vez, reparei que só faltava um minuto para acabar. Fiquei de tal maneira feliz, que saiu um sorriso rasgado da minha cara, para alegrar aquele aborrecimento. Vi o ponteiro dos segundos e estava quase nas 10:30 (hora de saída) e, quando estava mesmo no último segundo, o relógio começou a "andar" para trás, ou seja, em sentido contrário!

Fiquei muito assustado! Será que a aula iria continuar, a professora não repararia e a aula iria ser interminável?!

Nesse preciso momento, acordei do meu sonho e exclamei:

- Ai credo! Era só um sonho! Ainda bem, não suportaria ter 55 anos e ainda andar no 3º ano!


Texto escrito (com base numa imagem) por Catarina Moreira, n.º4, 7ºA, no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa

O meu tempo de escola

      Ainda hoje me lembro de quando andava na escola. O relógio era o que eu mais adorava na sala de aula, pois estava sempre a olhar para ele.
     Estava na aula de história e resolvi olhar mais uma vez para o relógio. Atrás de mim, estava a professora. De repente, pegou no objeto que eu mais gostava de ver e guardou-o.
      Deu o toque e eu fui para o intervalo. Reparei então que na escola não existia um único relógio! Tocou para eu ir para a aula de geografia e também não havia relógio na sala. Que estranho!
     No final da aula, fui perguntar à professora o porquê de não existirem relógios na escola. Ela respondeu-me que, todos os dias, os alunos olhavam constantemente para o relógio e que eu era uma delas.
    A partir desse dia, na nossa escola, só passou a existir um relógio, que se encontrava na sala dos professores.

Este texto foi escrito por Ana Rita Marques Almeida (aluna n.º2 do 7ºE), no âmbito da disciplina de língua portuguesa (com base numa fotografia).

A floresta encantada

Um pequeno caminho de terra leva-nos até uma gigante floresta. Ao longe consegue-se ver uma nascente de águas límpidas,onde os peixes dourados saltam. Ao pé dessa nascente, há uma grande clareira rodeada de bétulas. No centro da gigante floresta, os pinheiros erguem-se com as suas agulhas finas e verdes. Algumas flores vermelhas e amarelas encontram-se perto dos pinheiros. A floresta, que de noite parece quieta, de manhã enche-se de melodias graciosas. Os pássaros, os animais e a água límpida da nascente conseguem formar melodias encantadoras. Sente-se também o aroma perfumado das flores e dos pinheiros inundados de orvalho. O céu azul enche-se de pássaros a vaguear por todo o lado e o sol, ao refletir-se sobre as águas límpidas da nascente, formam um maravilhoso arco-íris, de mil cores. A alegria e a tranquilidade estão presentes em todo o lado. Esta floresta parece encantada!

Marta Santos

7ºE; nº9

Língua Portuguesa
Escola Básica Adriano Correia de Oliveira – fevereiro 2012

domingo, 15 de janeiro de 2012

Uma Entrevista (imaginária) a Sophia de Mello Breyner Andresen



Vemos nela uma das maiores poetisas e contistas do século XX. O nosso objetivo é conhecer e divulgar alguns aspetos da sua vida e, sobretudo, da sua relação com a narrativa e com a poesia.


Sabemos que não aprecia ser entrevistada e, por isso, ficamos eternamente reconhecidos por ter concordado em estar aqui connosco para nos falar um pouco de si e da sua obra. Ela é Sophia de Mello Breyner Andresen.

Pedro: Gostaria de começar por lhe perguntar com quantos anos começou a ter este gosto pela escrita e pela literatura?

Sophia: Bem, eu nasci a 6 de Novembro de 1919, no Porto, e comecei a gostar da escrita desde muito cedo. Por volta dos três anos já gostava de ouvir contos e poesias, e até decorá-los para ocasiões especiais!

Pedro: Então, tem 92 anos. Sei que o seu marido, já falecido, chamava-se Francisco Sousa Tavares e era jornalista, político e advogado. Casou com quantos anos?

Sophia: Casei-me com 27 anos, no ano de 1946. Tivemos cinco filhos maravilhosos e vivemos muito felizes.

Pedro: E o que fazem eles, também são escritores?

Sophia: Apenas um é escritor: é o meu Miguel, que deve conhecer, pois, aparece frequentemente na televisão. O Miguel para além de escritor também é jornalista. Tenho uma filha, que é professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Outro é artista, vive da pintura e da cerâmica. E a outra, que herdou o meu nome, é terapeuta ocupacional.

Pedro: O que recorda mais da sua infância?

Sophia: Principalmente as casas.

Pedro: Que curioso, porquê?

Sophia: Eu lembro-me das casas quarto por quarto e móvel por móvel, e descrevo-as nas minhas obras para que a sua memória não se perca e não ande à deriva.

Pedro: Em que altura do dia gosta mais de escrever?

Sophia: Costumo escrever à noite, pois necessito daquela concentração e inspiração especial que se vai criando pela noite fora, talvez provocada pelo silêncio.

Pedro: O contacto com a Natureza marcou profundamente a sua obra, porquê?

Sophia: Para mim a natureza é um exemplo de liberdade, beleza, perfeição e de mistério. Eu gosto de citá-la nas minhas obras, descrevendo tanto a terra como o mar.

Pedro: Tem noção de quantas obras tem publicadas?

Sophia: Devem ser umas trinta e três.

Pedro: Exatamente. Vinte e uma são obras de poesia, duas são contos, oito são contos infantis e ainda duas peças de teatro.

Sophia: Uau! Vejo que fez o trabalho de casa.

Pedro: É verdade, mas ainda não viu tudo. Sabe quantos prémios ganhou em toda a sua vida?

Sophia: Já lhes perdi a conta.

Pedro: Foram dezoito prémios.

Sophia: Não fazia ideia.

Pedro: Muito obrigado pela sua entrevista. Especialmente porque sei que não gosta de ser entrevistada.

Sophia: Foi um prazer.


AUTOR: Pedro Miguel Santos Fidalgo Ferreira, nº 18 do 7ºC