Aproximava-se o final do ano letivo e a turma do 7.ºE reuniu-se na escola para discutir o que podiam fazer para terminar o ano em beleza. Havia muitos alunos na turma interessados pela natureza e, principalmente, por animais. Uma vez que viviam e estudavam perto de dois locais (que já tinham visitado muitas vezes) repletos de animais e de atividades ligadas ao meio ambiente – o Parque Biológico de Avintes e a Quinta de Santo Inácio – pretendiam agora visitar algo maior e com mais variedade.
Reunidos no campo de jogos, começaram a debater ideias sobre o local a visitar…
– Devíamos ir a um sítio fora daqui… – começou o Tiago Dias.
– Boa! – exclamou a Bárbara.
– Que tal o Oceanário de Lisboa? – propôs a Ana Rita. – É fora daqui e tem animais fantásticos.
Os outros pareceram animados com a ideia, sobretudo pelo facto de ser em Lisboa. O Daniel disse:
– Um passeio à capital não é má ideia...
– Hum… Mas assim só iriamos ver animais aquáticos. – comentou a Marta, sempre sensata.
– Já sei! – gritou a Marisa – Vamos ao Jardim Zoológico!
– ÓTIMA IDEIA! – concordaram todos.
Falaram com a diretora de turma e começaram a organizar a viagem. A diretora de turma solicitou a cooperação da professora de língua portuguesa e, em duas semanas, tudo estava preparado para a grande aventura.
Pouco tempo depois, num bonito dia de sol, partiram bem cedinho rumo à capital. A viagem correu bem e todos estavam ansiosos por chegar.
Por volta das dez da manhã, já se encontravam à porta do Zoo e o entusiasmo era imenso. Depois da confusão da entrada, já mais calmos, iniciaram a sua visita. Deliciaram-se com os animais e os seus habitats e o tempo passava agradavelmente.
Quando estavam a almoçar, num local muito bonito cheio de sombra e com uma bela vista para um lago, notaram a ausência do Ricardo Marques. A Daniela foi a primeira a reparar…
– Olhem lá… – começou ela – Onde diabo é que se enfiou o Ricardo?...
De imediato todos se aperceberam do mesmo e foram avisar as professoras que se encontravam a almoçar numa esplanada próxima. O Ricardo já tinha desaparecido há algum tempo, mas todos pensavam que ele tinha ido à casa de banho. De repente, ouviram gritos vindos do lago que ali havia.
– POR MIL CARAMELOS! ALGUÉM ME TIRA DAQUI?
Aproximaram-se e viram estupefactos que o Ricardo tinha caído à água. Então, a Márcia não pensou duas vezes e atirou-se para ajudar o seu colega. As professoras estavam furiosas, mas já não podiam fazer nada.
Em poucos segundos, os dois estavam fora da água.
– Grande Márcia! – elogiou o Tiago Oliveira. (Sempre tinha tido uma grande admiração pela pequena Márcia…)
Depois do sucedido, as professoras decidiram que era tempo de regressar a casa. Mas como? Os dois jovens estavam completamente encharcados! Decidiram então passar por um centro comercial, que havia ali perto, para comprar algumas peças de roupa.
– Ainda bem que ainda está tudo em saldo! – gracejou o Rui Pinto, sempre espirituoso.
Passada uma semana, a Direção da escola decidiu atribuir um prémio à Márcia pela sua coragem.
– Temos uma heroína na nossa turma. – afirmou a Viviana. – Bem diz a minha avó: “ A mulher quer-se pequenina como a sardinha!”
"Uma narrativa imaginada"
(texto coletivo da autoria da turma do 7.ºE, no âmbito de uma oficina de escrita sobre o Texto Narrativo realizada na disciplina de LP)
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